Restaurante Burger-King

Ali continuava desaparecida, mas eu não era capaz de passar sózinha por aquele corredor novamente, por isso saí do hotel em direcção à cidade. Entrei no Burger King, já que tinha alguma fome, e após fazer o pedido enviei uma mensagem à minha irmã.

Tinha acabado de chegar à cidade. Estava cansado e esfomeado. Resolvi procurar um restaurante. Entrei no Burguer King, fiz o pedido, mas visto que estavam as mesas todas cheias tive de optar por fazer companhia a alguém. Vi uma rapariga sentada numa mesa próxima da porta e fui perguntar. - Posso sentar-me aqui por favor? As mesas estão todas cheias e eu gostava de poder comer sentado. - disse, dando um breve riso.

Enquanto dava a primeira dentada no hamburguer, ouvi uma voz masculina a falar comigo. Levantei a cabeça, deparando-me com um dos gajos mais bons que alguma vez tinha visto - bolas mana, só faltas nas horas erradas! pensei, limpando a boca com o guardanapo e dando o meu melhor sorriso - É todo teu! - declarei, apontando para o banco à minha frente.

Sorri para ela e sentei-me no banco à sua frente. Dei uma sentada no meu hambúrguer e bebi um pouco da minha coca-cola. Olhei para ela. - Obrigada por me deixares sentar. - sorri. - Hamm ... Sou o Alexander. Alexander Cole. - olhei-a - Mas podes tratar-me por Alex. - disse, sorrindo e dando outra dentada no meu hambúrguer.

Pousei o hamburguer no tabuleiro e estendi a mão - Amber. Amber McCartney. - apresentei-me e dei-lhe um aperto de mão. - A cidade é pequena, e nunca te tinha visto por aqui... Suponho que não sejas de cá?- disse, num tom de pergunta.

Sorri e apertei-lhe a mão. - Não, eu não sou daqui. Sou de Londres. Mas quis vir espairecer um pouco. Estou num Hotel aqui perto. Já deves ter ouvido falar dele, pois tem a grande história de ser assombrado, e assim. - disse, fazendo um breve "uuuuh" fingindo estar assustado. Ri-me.

Ouvi atentamente o que ele disse, não deixando de, bem lá no fundo, me sentir meio ofendida - Bem, sim... - soltei uma gargalhada cínica - O meu pai é o dono disso. - e a história é verdade... acrescentei mentalmente, enquanto o sorriso desaparecia lentamente da minha cara.

Senti que ela ficara ofendida. - Hamm, desculpa. - disse dando mais uma dentada no hambúrguer e bebendo um pouco de coca-cola.

Revirei os olhos e peguei novamente no hamburguer - Oh, não faz mal. Afinal, são apenas as leendas - e repeti o 'uhhhh' dele, como se também não tivesse medo.

Ri-me. - Então, e há quanto tempo estás cá? - perguntei, num objectivo de fazer conversa

-Cresci praticamente no hotel, vim para cá quando ainda nem falava, com a minha irmã e os meus pais. - e depois a minha mãe pufff, foi-se. acrescentei mentalmente sem retirar o sorriso falso da minha cara. - Também te perguntava, mas posso ir verificar os registos. - gozei.

- Hmmm - murmurei. - Sendo assim nem te vou dizer nada, vai lá ver os registos, senhora dona do Hotel. - ri-me.

Fiz um olhar desinteressante - Pfff, és demasiado interessante para eu querer descobrir isso. - brinquei e ri-me.

Ri-me, acabando de comer o hambúrguer. - Interessante, han!? Bem, este interessante está agora a propor-se para te pagar um café, se aceitares, claro. É que sabes, também és um tanto interessante. - disse, piscando-lhe o olho. Bebi um pouco da minha coca-cola e esperei a sua resposta.

Arqueei as sobrancelhas quando ele repetiu interessante. Espera. Eu disse interessante? Crap! - Eu disse interessante?! - perguntei, com uma cara meio preocupada. Fuck, Amber! - Queria dizer desinteressante! - corrigi rapidamente e engoli a seco, já há espera que ele não aceitasse tal correcção.

Ri-me com a atrapalhação dela. - O melhor é que não posso dizer o mesmo de ti, porque és realmente interessante. - sorri.

Calei-me e engoli e novo a seco, sentindo-me a corar. - Cá para mim estás é a ver se te arranjo um desconto no hotel. - brinquei, tentando mudar de assunto.

Ri-me novamente. - Não é que não me importe né ... Mas não, nada disso. - olhei para ela com um sorriso. - Mas estás sempre à vontade para fazer isso. - soltei um breve riso.

Fiz um sorriso encantador. A cara de cachorrinho abandonado dele só me dava vontade de o fazer - Faria-o de boa vontade, mas o meu pai está um bocadinho em crise, e Liverpool não sente a minha falta... - desculpei-me e pus a língua de fora.

Sorri. - Deixa lá, não preciso disso. - disse. - Mas pelo teu "faria de boa vontade", já mereces qualquer coisa. E que tal se fossemos dar uma volta e mostravas-me mais da cidade!? - propus, com um sorriso.

A cidade? Eu dou-te a cidade. pensei e acenei com a cabeça, levantando-me e pondo a mala ao ombro. - Sim, anda, vamos começar pelas ruas. - anunciei.


responde na rua