Marvin fez-me durante todo o caminho perguntas, perguntas às quais eu não sabia responder. Nem sabia se queria saber. Estava mesmo demasiado confuso, já nem sabia se estava a sonhar, se isto era verdade ou se simplesmente estava louco, até à poucas horas atrás pensava mesmo que estava... mas, eu caí de um hotel que por acaso tem alguns andares e não morri, ainda por cima, estou a andar, como se nada tivesse acontecido.
-Porque é que escolheste a universidade? - perguntou-me Marvin olhando em volta - à tanto tempo que não vinha aqui - disse olhando para o chão e agarrando numa pedra.
-Porque os miúdos gostam de drogada... não sei Marvim.
-Porque é que fazes isto? - respirei fundo já a ficar desesperado por não conseguir responder a nada.
-Porque é que fazes tantas perguntas? - perguntei olhando-o.
-Para ver se abres os olhos. - olhei para a universidade.
-És um universitário não és? - perguntei como se fosse real, como se ele fosse mesmo um fantasma. Ele assentiu.
-Foi giro.
Um rapaz olhou-me com um ar desconfiado e eu aproximei-me. Ele deve ter percebido quem eu era porque apenas me deu dinheiro e trocámos as coisas.